Por uma inclusão acessível - Parte 1

Leia aqui a primeira parte de nossas matérias que falam sobre Acessibilidade Digital, o tema da primeira reportagem é idosos.

Confira a cobertura de nossa visita ao Pirambu Digital

A Liga Experimental à visita a cooperativa Pirambu Digital. Confira como foi essa experiência.

Consciência Seletiva

O que realmente acontece? As pessoas estão realizando a coleta seletiva? O governo possui alguma obrigação relacionada a separação de resíduos? E quais são projeto de Fortaleza que participam da causa?

A ação Palavras de Liberdade!

Conheça mais sobre a ação Palavras de Liberdade, desenvolvida pela Liga Experimental de Comunicação.

Archive for outubro 2011

Saiba mais sobre o Pirambu Digital e João Paulo Lima que representa o perfil de Sociedade Civil

A Cooperativa Pirambu Digital foi fundada há quase seis anos por jovens do Pirambu e
adjacências que se formaram em cursos técnicos regulares promovidos pela parceria
IFCE, EMAÚS e LG Electronics.

Em 2003, foram classificadas 120 jovens, com idade entre 18 e 24 anos, para ingressar
nos cursos de Desenvolvimento de Software e Conectividade, promovidos pelo IFCE.
Quando estavam próximos de concluírem o curso, os jovens foram estimulados
pelo Professor Mauro Oliveira, então Diretor do CEFET–CE, a participarem do
desenvolvimento desse projeto.

Desde então, a empresa vem oferecendo serviços de tecnologia da informação e
comunicação (TIC), além de desenvolver projetos sociais de inclusão digital. Os jovens
gerenciam o próprio negócio com o objetivo de torná-lo auto-sustentável, criam
vínculos com o bairro Pirambu e auxiliam no desenvolvimento do seu entorno social.

Um dos projetos sociais de destaque da Pirambu Digital é o BILA, Biblioteca Integrada
à LAN House. O objetivo desse projeto é dar a crianças, adolescentes e adultos a
oportunidade de acesso a biblioteca e a internet. Os usuários pagam com leitura
o tempo equivalente ao uso do computador, despertando o gosto pelos livros e
promovendo inclusão digital. O BILA já ganhou dois prêmios de reconhecimento
nacional, o Vivaleitura do MEC e o Anu que é oferecido pela CUFA em parceria com
a Rede Globo e a Petrobras. Atualmente, o projeto beneficia mais de 200 usuários de
todas as faixas etárias.

Rones Maciel da Catavento é o perfil de Mídia no ciclo de Inclusão


Rones Maciel é o convidado para representar o perfil Mídia na mesa de debates do IV Ciclo do Palavras de Liberdade, Inclusão Digital e Comunicação.
O estudante de jornalismo é membro da ONG Catavento desde 2005, quando participou de um projeto de formação em Comunicação Popular em Quixeramobim, sua cidade natal.
Ao longo desses anos, Rones fez parte de entidades e projetos voltados para a Comunicação alencada à Educação, Cultura e Inclusão Digital, como a Rede Andi-CE, a Rádioescola pela Educação e o Catadores de Sonho.
Atualmente, faz parte do Projeto Agência Jovem de Notícias, onde jovens produzem comunicação em suas comunidades utilizando-se de ferramentas digitais, como internet e SMS.
Nesta quinta-feira, Rones deseja levar para o debate questões como a inclusão digital nas escolas e a capacitação dos professores designados para esse tipo de trabalho, além disso, pretende discutir formas de potencializar essa inclusão e rever suas relações com a Comunicação Social.

Conheça o perfil Academia que debate hoje no Ciclo de Inclusão Digital

Hermínio Borges

O convidado para representar o perfil Academia no IV Ciclo do Palavras de Liberdade,
sobre Inclusão Digital e Comunicação, é o professor adjunto da FACEDE (Faculdade de
Educação da UFC), Hermínio Borges Neto.

Pós-doutor em Educação Matemática pela Universidade de Paris IV e bolsista
pesquisador do CNPq desde 1968, Hermínio coordena o Laboratório de Pesquisas
Multimeios da FACEDE, ação criada em 1997 como parte integrante do PROIN
(Projeto de Integração), edital que visa associar o trabalho de graduandos e pós-
graduandos da Universidade. "No Multimeios, partimos do pressuposto de que não
se reinventa a roda. Assim, aproveitamos os softwares já existentes e aplicamos na
Informática Educativa", afirma o professor.

No debate da próxima quinta-feira, o convidado pretende levar uma metodologia de
mediação, interação e ensino, que reflita sobre o termo Inclusão Digital no que diz
respeito ao desenvolvimento pessoal e profissional das pessoas. "Muito mais rico que
a tecnologia é saber o que fazer com ela", conclui ao avaliar a sustentabilidade e a
qualidade da tecnologia educacional proposta nos dias de hoje.

Confira o que rolou no III debate do Palavras de Liberdade





O III ciclo de debates do Palavras de Liberdade, ação promovida pela LIGA Experimental de Comunicação, discutiu o papel do comunicador e da mídia no tratamento de assuntos relacionados ao meio ambiente. Participaram da mesa a jornalista Maristela Crispim, responsável pela página de Gestão Ambiental do jornal Diário Nordeste; Monyse Ravena, assessora de comunicação da Cáritas – Regional Ceará; e Miguel Macedo, jornalista e professor de jornalismo ambiental da Faculdade 7 de Setembro – Fa7. O debate aconteceu no dia 22 de setembro.

Maristela Crispim abriu a discussão, contando sobre sua experiência tanto quanto jornalista, quanto como ativista ambiental. Quando perguntada sobre a escolha de pautas para o Gestão Ambiental, ela afirmou que prioriza resultados à projetos.

Miguel Macêdo, representando o Meio Acadêmico, disse acreditar que após o “boom” de jornalismo ambiental, impulsionado pela ECO 92, a prática vem, aos poucos, perdendo espaço dentro da mídia. Miguel ressaltou ainda a necessidade da criação, nos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, disciplinas – obrigatórias ou optativas – que discutam a relação entre a Comunicação e o Meio Ambiente.

Monyse Ravena apresentou o trabalho desenvolvido pela Cáritas e abordou as ações específicas deste ano: a defesa dos direitos humanos dos catadores de lixo e a convivência humana com o semi-árido. Monyse afirmou que tem que se aprender a “conviver com a irregularidade das chuvas, não com a falta delas”.

Todos os debatedores parabenizaram a iniciativa da Liga pela realização do debate. De acordo com eles, enquanto não há disciplinas específicas sobre Meio Ambiente na grade curricular do curso de Comunicação Social, o que devemos fazer é estimular diálogos sobre o tema. Esta atitude, afirmam, garantirá que o Meio Ambiente possa ser visto de maneira mais clara sob a ótica da Comunicação. 



[saiba+] 
O Palavras de Liberdade, em três ciclos, já discutiu Juventude, Diversidade Sexual e Meio Ambiente. Todos os temas explorados à luz da Comunicação. Agora, a Liga Experimental se prepara para a realização do IV Ciclo de Debates: Inclusão Digital e Comunicação. O debate acontece no dia 27 de outubro, às 18h, como parte da programação da XX Semana de Comunicação da UFC.

As fotos do evento você encontra aqui: 

Problemas ambientais sob a ótica dos meios de comunicação


Três jornalistas, com diferentes perspectivas, falam sobre a relevância que a imprensa tem dado à questão do Meio Ambiente e discutem o papel dos veículos midiáticos na conscientização da problemática ambiental

Reportagem de Júnior Souza, Luana Barros e Rochelle Guimarães

O meio acadêmico tem debatido, há algumas décadas, a temática ambiental. O assunto, no entanto, só começou a ganhar destaque na sociedade e na mídia a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD). Realizado no Rio de Janeiro em 1992, o evento ficou popularmente conhecido como Rio-92. A reunião tinha como objetivo introduzir a idéia do desenvolvimento sustentável: um modelo de crescimento econômico menos consumista e mais adequado ao equilíbrio ecológico. 
 
Segundo a jornalista Maristela Crispim, o Meio Ambiente só começou a ter destaque na mídia anos depois da CNUMAD, com a RIO+10, ocorrida em 2002 na cidade de Johanesburgo, na África do Sul. Isso se deu, segundo ela, devido às previsões e constatações sobre o aquecimento global. “Embora essa questão já viesse sendo discutida há algum tempo, elas tiveram um salto muito grande”, afirma.

Este é um assunto recorrente e a comunicação tem sua parcela de influência. Edgard Patrício, professor doutor do curso de Comunicação Social na Universidade Federal do Ceará (UFC), acredita que o jornalismo tem papel fundamental nos dois pontos. “O jornalismo pode ser um instrumento para mobilizar as pessoas, primeiro para discutir essa temática e depois ver que elementos estão envolvidos”, afirma.

Para Edgard, se exagerado, o destaque pode levar ao sensacionalismo, uma prática condenável. “Se você tem como principio do jornalismo a questão da função social, então como é que, a partir do sensacionalismo, você vai atingir essa função social?”, enfatiza. Na cobertura de pautas sobre o Meio Ambiente, de acordo com ele, o sensacionalismo se dá muitas vezes pelo enfoque nas consequências, sem explicar o que gerou determinado desastre.

A conscientização e a inclusão da sociedade nesse tema é, também, responsabilidade do Estado que, para Edgard, deveria começar dando exemplo. “Se você observar os projetos que impactam o meio ambiente, desenvolvidos aqui, você vai ver que grande parte deles estão relacionados a projetos do Estado”, explica. 

Ricardo Moura, assessor de imprensa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Ceará, diz que a empresas devem ter uma constante preocupação com o Meio Ambiente. “Todos os projetos têm de prever se são sustentável e quais são os impactos ambientais dele”, afirma.

Um dos projetos da Embrapa é a revista Agroindústria Tropical, uma publicação trimestral que traz conteúdos relacionados à área de atuação da empresa. “Em cada edição, tratamos de um assunto da área de atuação da Embrapa e trabalhamos isso por meio de uma matéria mais densa”, conta ele.

Para Edgard, a comunicação deve exercer um papel essencial na conscientização da sociedade enquanto o Meio Ambiente ainda for tema de debate. “Já é um grande caminho para tentar incorporar o jornalismo como elemento pra essa discussão da diversidade ambiental”, resume.

Praias de Fortaleza: Próprias para banho?

Em Fortaleza, uma das principais atividades do fim de semana é aproveitar a praia com os familiares e amigos. A repórter Lívia Priscilla resolveu visitar a Praia do Futuro e a Beira Mar para conferir como anda a orla da cidade.



Na Praia do Futuro, o que logo chama a atenção é a estrutura de algumas barracas, que possuem decoração temática e oferecem serviços como massagem, piscinas e apresentações musicais. Ao me aproximar da faixa litorânea, vi que a praia estava cheia de gente em toda a sua extensão. Havia crianças brincando na areia e pessoas se bronzeando ou tomando banho no mar. Alguns até levaram o animal de estimação para aproveitar a praia também.

Na Beira Mar, constatei que o maior atrativo é o famoso Calçadão, margeado por barracas mais rústicas em frente a um mar mais calmo que o da Praia do Futuro. Apesar de toda a beleza local, a presença de esgotos despejados no início da faixa de areia compromete a qualidade da água e é um risco para os banhistas, que aproveitam seu momento de lazer em meio a pontos de sujeira.

Parece que a maioria dos banhistas dispensa a preocupação com a balneabilidade das praias, ou seja, ignoram saber se são próprias para o banho. Não há sinalização nas praias indicando os pontos próprios e impróprios para banho. Para os mais desatentos, pode ser considerado que toda a extensão da praia fortalezense é própria para banho, fato que não é verdadeiro, de acordo com a Semace.

O que a Semace informa?
A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) divulga, semanalmente, em seu endereço eletrônico, um boletim informando os pontos próprios e impróprios para banho das praias cearenses. Este boletim é integrante do Programa de Monitoramento da Semace e as referências que determinam a balneabilidade das praias estão baseadas nas Resoluções Nº 274/ 2000 e Nº 357/2005 do CONAMA, Conselho Nacional de Meio Ambiente.

Em Fortaleza, as coletas são realizadas em 31 pontos, distribuídos em três setores: Setor Leste, que compreende a Praia de Caça e Pesca até o Farol do Mucuripe; Setor Centro, do Iate a Indústria Naval do Ceará; e Setor Oeste, do Marina’s Park Hotel a Barra do Ceará. No último boletim, divulgado no dia 30 de setembro de 2011, foram apontados 21 pontos próprios para banho.


A SEMACE aconselha que se evite tomar banho após a ocorrência de chuvas de maior intensidade. É recomendado também que se evite nadar ou praticar esportes náuticos em locais com manchas de coloração vermelha, marrom ou azul-esverdeada. Cabe ao banhista ficar atento à quais áreas são propícias ao banho a fim de poder aproveitar a praia sem maiores riscos à saúde.


Lívia Priscilla